quarta-feira, 23 de julho de 2008
Passatempo Liverpool - Simpsons (aviso)
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domingo, 13 de julho de 2008
(ACTUALIZADO a 25/Julho/2008) "As andanças do futebol Lusitano" - A tua novela de verão! (Director's Cut)
Perdoem-me os leitores por deixar de parte Boavista e Paços de Ferreira (entre outros) e por me alongar mas é impossível sintetizar tanta informação em tão curto espaço. Se calhar não fica aqui toda a história, nem sou eu que vou dizer o que (e quem) está certo ou errado em todos estes procedimentos (não estou qualificado nem tenho pretensões a ser oráculo) mas fica aqui um apanhado, documentado e exaustivo, daquilo que podem consultar nos jornais e que, inclusive, no que se refere aos últimos acontecimentos (actas e decisões resultantes das reuniões de diferentes órgãos da LPFP e da FPF), já surge transcrito integralmente pelos mesmos.
9/Maio - O CD da Liga Portuguesa de Futebol Profissional confirmou a suspensão de dois anos para Pinto da Costa no âmbito do processo Apito Final. O FC Porto, por seu turno, foi punido com a perda de 6 pontos. Pinto da Costa recorre, salvaguardando a honra do clube, que aceita a decisão, já que "assim em vez de 20 ou 21 fica apenas com 14 ou 15 pontos de avanço".
15/Maio - Por entre uma cilada no Dragão com os jornalistas a serem agredidos por elementos de uma claque (10/Maio), a Federação Portuguesa de Futebol começa a "lavar as mãos" do processo, incluindo o Porto na lista de clubes que participam nas provas europeias em 2008/2009, dando claramente a entender que a UEFA é que vai decidir a questão da Champions.
29/Maio - Entra em cena William Gaillard, director de comunicação da UEFA. Primeiro para "informar" que a eventual exclusão do FC Porto da próxima LC era "uma opção em aberto" (16/Maio), depois para definir a data em que o Comité de Controlo e Disciplina iria deliberar e tomar uma decisão sobre a participação do Porto na Liga dos Campeões de 2008/2009. Em causa estava a possibilidade do tricampeão ser impedido de participar na prova.
31/Maio - José Guilherme Aguiar, vereador da CM de Gaia, ex-VP do FCP (até 1995) e ex-Director da LPFP (até 2002) surge em defesa da causa portista, apontando o caso da Juventus como exemplo. Para este jurista o "requisito da temporalidade dos factos, não das decisões" deve ser o factor determinante na resolução deste caso. Faltando apenas alguns dias para a decisão ser conhecida, vinham a público notícias sobre a intenção do clube de mover processos no Tribunal Administrativo, caso fosse condenado, contra a Liga e a Federação (1/Junho).
4/Junho - O prometido é devido e a FPF enviou a lista de clubes portugueses que iriam participar nas provas europeias com o Porto à cabeça (3/Junho), reiterando não só a sua vontade de passar a "batata quente" para a organização europeia mas também a sua opinião, se bem que tácita, de que o campeão preenchia todos os requisitos para participar nas provas da UEFA. Esta, no entanto, por via da sua Comissão de Controlo e Disciplina suspendia o clube, por um ano, das suas provas. A UEFA, em comunicado, explicava tudo (4/Junho) mas para já "recurso" era a palavra de ordem no reino do dragão.
4/Junho (2) - A defesa portista nesta primeira instância apostava em dois factos que não foram tidos em conta pela UEFA: as semelhanças entre o "Apito Final" português e o "CalcioCaos" italiano e o facto de o Porto considerar que, apesar de não ter recorrido da sentença que lhes tinha retirado 6 pontos do campeonato, um possível deferimento do recurso da suspensão de Pinto da Costa poderia levar a que todas as decisões fossem revistas e, eventualmente, revertidas.
4/Junho (3) - A esta estratégia juntava-se a FPF, que exigia "equidade" face ao caso italiano e que se mostrava surpreendida, segundo o seu presidente, Gilberto Madaíl com esta decisão inicial. Curiosamente, foi o assessor do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol João Leal que, ao afirmar, em fax para a UEFA, que a sentença da Liga em relação ao Porto tinha sido aceite não tendo, por isso, recurso possível, tinha aberto a porta a uma rejeição de (grande) parte da defesa portista.
5/Junho - Segundo o jurista Luís Filipe Carvalho, antigo membro do Conselho Geral da Ordem dos Advogados, uma possível absolvição de Pinto de Costa determinada pelo CJ da FPF "não resultaria automaticamente numa despenalização do FC Porto, mas abria portas para uma revisão de sentença", algo que a própria UEFA (uma situação levantada também por este jurista) poderia nem sequer levar em conta dado que a alínea d) do ponto 1.04 do Regulamento de Competições da "Champions" não exige condenação formal a nível interno e fala apenas em envolvimento. O requisito (aqui em causa) para a participação nas provas organizadas pela entidade é o de que um clube "não pode estar ou ter estado envolvido em qualquer actividade destinada a viciar ou influenciar o resultado de um jogo, a nível nacional ou internacional", algo que a condenação do FCP, até ao momento, provava.
13/Junho - Com o recurso a ser decidido numa sexta-feira 13 jogava contra o Porto o facto de o CJ da FPF não ter conseguido analisar a tempo o recurso de PC (9/Junho) e a seu favor a presença, em Nyon, de João Leal, o assessor da FPF que tinha sido criticado publicamente por Pinto da Costa. Este "perito técnico" vinha sustentar a teoria, favorável à defesa dos tricampeões, de que o castigo por tentativa de corrupção aplicado ao FC Porto ainda não transitou em julgado, por causa do recurso acima referido.
13/Junho (2) - Com o Benfica e o Vitória de Guimarães também presentes, como partes interessadas, a Comissão de Apelo da UEFA anulou a decisão que tinha sido anunciada em 1.ª instância a 4 de Junho, enviando o processo de volta para a Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA, algo que agradou a benfiquistas (13/Junho), interessados em fazer valer a sua opinião junto do CCD e apostando no facto de que tanto o site do FC Porto como o da Liga apresentam as tabelas relativas à classificação do último campeonato com a subtracção de 6 pontos (14/Junho), algo que confirmava que a decisão da CJ transitou em julgado.
16/Junho - A organização que "manda" no futebol europeu revela que o CCD não irá analisar o caso do FCP antes do inicio da prova (LdC 08/09), integrando-o, por isso, na mesma. Esta decisão é motivada pelo facto do CJ da FPF não ter ainda analisado o recurso de PC, demonstrando assim que a teoria que vingou em sede da UEFA foi a "exposta" por João Leal, procedendo-se a uma junção, nem que se considere somente causal, do recurso do líder dos dragões e posterior decisão da entidade europeia sobre o caso do clube (FCP) e da sua capacidade para participar nas competições por esta organizada.
16/Junho (2) - Quem reagiu mal a esta notícia foi o Benfica que não só prometeu recorrer aos tribunais (16/Junho) como responsabilizou João Leal pela alteração de rumo que este processo teve, avançando com um processo de queixa-crime contra o membro da Federação por considerar que este prestou falsas declarações com o intuito de confundir e induzir em erro os membros do Comité de Apelo da UEFA, contribuindo assim para uma decisão motivada não só por incorrecções técnico-jurídicas mas também pelo facto de João Leal ter confessado a sua ignorância em relação à matéria de facto sobre a qual ia depor, ou seja, a transição em julgado da anterior decisão da CJ da Liga em punir o FC Porto com seis pontos.
17/Junho - O Porto recebe a notícia de que, em princípio, estará imune de uma posterior decisão negativa sobre PC, não podendo a sua participação nas provas europeias em 2009/2010 estar afectada, visto que as suas infracções são consideradas pela Comissão de Apelo como de âmbito disciplinar e não administrativo (como o Comissão de Controlo e Disciplina considerava), não estando por isso sujeitas a uma aplicação do principio da retroactividade.
20/Junho - A FPF clama por neutralidade em todo este processo, secundada pelo "nosso conhecido" William Gaillard (18/Junho), o director de comunicação da UEFA. Fica assim, para já, esta saga do futebol nacional.
27/Junho - O Benfica e o Vitória de Guimarães recorrem da decisão da UEFA de incluir o FC Porto na edição deste ano da Liga dos Campeões para o Tribunal Arbitral de Desporto (TAS). Os dois clubes pretendem assim reverter a decisão da Comissão de Recursos da UEFA, que anulou a decisão de primeira instância da UEFA, recusando a admissão do FC Porto na Liga dos Campeões 2008/09.
27/Junho - Entretanto, Nuno Espregueira Mendes, administrador da FC Porto Multimédia e ex-administrador da SAD dos "Dragões", era condenado a 6 anos de prisão efectiva por burla qualificada. Entre outros tinha "emprestado" dinheiro do Banco Mello ao FC Porto (2,5 milhões de euros), a Joaquim Oliveira (10 milhões de euros), a Adelino Caldeira, administrador da FC Porto, SAD (2,1 milhões de euros) e a António Oliveira, principal accionista individual da SAD portista (2,5 milhões de euros). Entre os burlados contam-se personalidades como Drulovic, Zahovic, Secretário e Rui Moreira. A todos eles o banco devolveu o capital "investido" na burla.
4/Julho - Começa a dança das "escusas". A primeira foi levantada sobre o Presidente do CJ da FPF, Gonçalves Pereira, pelo Paços de Ferreira no âmbito dos recursos do Boavista por este ser vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Câmara da qual Valentim Loureiro, arguido em 2 dos 3 processos dos axadrezados, é Presidente; a segunda, é levantada pelo FC Porto, alegando este que João Carrajola Abreu, o relator do caso relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora é também perito da Comissão do Estatuto, da Inscrição e Transferência de Jogadores, existindo por isso uma incompatibilidade funcional que no caso impediria o visado de participar nas votações envolvendo o clube. Escusado será dizer que o CJ da FPF reuniria nesse dia para analisar os recursos do FCP e do Boavista.
4/Julho (2) - Antes da dita reunião começar, Gonçalves Pereira, presidente do órgão em causa, ainda teve tempo para informar que não prescindiria do seu voto de qualidade, não dando por isso provimento ao pedido do Paços.
5/Julho - Ironicamente são precisamente estes dois pedidos de escusa que causam a interrupção da reunião num primeiro momento (com a saída do Presidente e Vice-Presidente do órgão e afixar de uma "acta" concluindo-a por não existirem "condições éticas" para a sua realização - 7/Julho) continuando esta apenas com os cinco conselheiros que, após sete horas de discussão e deliberação, decidem não dar provimento aos recursos apresentados mantendo assim as sentenças que punem os axadrezados com a descida de divisão por 3 actos de coacção sobre árbitros e o presidente do FC Porto com 2 anos de suspensão por 2 tentativas de corrupção. Importava agora, mediante este desfecho, apurar se existia legitimidade nas acções do CJ e determinar o que seria considerado nesta reunião para se poder notificar os visados.
7/Julho - Por entre acusações de coação feitas ao Presidente do CJ pelo conselheiro João Abreu (5/Julho) e afirmações deste de que não se encontra suspenso e que a reunião terminou aquando da sua saída da mesma e subsequente "acta" (5/Julho), o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, no seu espaço televisivo semanal, comentou a situação, dando razão a Gonçalves Pereira no que diz respeito ao fim da reunião e competência do presidente do órgão da FPF para a terminar. Ficavam por responder as questões relacionadas com a escusa levantada pelo Paços de Ferreira e com a capacidade dos Conselheiros do CJ para suspender Preventivamente o seu Presidente.
7/Julho (2) - As reacções sucedem-se, e vão desde os partidos políticos (CDS e PS), que exigem a intervenção do governo; a individualidades, como o Professor de Direito do Desporto, José Manuel Meirim que salienta a necessidade de se analisar todo este processo e os seus vários momentos, em especial aquele referente à instauração de um processo disciplinar a Gonçalves Pereira quando o órgão de justiça federativo se preparava para decidir os recursos de Boavista e de Pinto da Costa (5/Julho). Porém, é o Presidente da FPF, Gilberto Madaíl, que profere as afirmações mais revoltadas com a situação, pedindo aos membros do Conselho de Justiça da Federação que preside que rectifiquem "a má imagem que foi passada para a opinião pública" e qualificando aquilo que se passou de "inaceitável e incompreensível".
9/Julho - Não surpreendendo o facto de o Porto tencionar entregar uma reclamação junto do Tribunal Administrativo, algo natural (5/Julho), algo que o Boavista também faz (9/Julho); constitui uma novidade a notícia que dá conta da acção do presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, Gonçalves Pereira, que avançou com duas providências cautelares no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, pretendendo assim suspender a eficácia das decisões tomadas pelos 5 conselheiros na reunião por ele terminada.
9/Julho (2) - A direcção da Federação Portuguesa de Futebol, depois de se reunir extraordinariamente e abordar estes assuntos (6/Julho), tendo já notificado os clubes envolvidos das decisões resultantes da reunião do CJ do dia 4/5, contrata o Prof. Diogo Freitas do Amaral para liderar um processo de averiguação e emitir um parecer sobre os actos dos membros do CJ na supra citada reunião.
9/Julho (3) - Entretanto, após uma primeira reunião da Assembleia Geral da Liga onde se conseguiu passar algumas de várias medidas propostas pelo CD desta contra a corrupção e o tráfico de influências (2/Julho), na reunião seguinte, por proposta de um grupo de clubes entre os quais se contava o FCP (representado por Guilherme Aguiar - 9/Julho), os trabalhos são suspensos, ficando assim as alterações regulamentares por aprovar e vendo o sua entrada em vigor adiada (caso, na próxima reunião sejam aprovadas) por mais uma época desportiva.
10/Julho - A UEFA, pela voz do seu director de comunicação, William Gaillard, faz saber que vai esperar pela decisão do TAS relativamente aos recursos de Benfica e Vitória de Guimarães para tomar qualquer tipo de posição. O Tribunal Arbitral do Desporto informa que tomará uma decisão no dia 15 deste mês (8/Julho).
Não existindo necessidade de prejudicar ainda mais a imagem do futebol nacional e das instituições que o gerem em Portugal, nomeadamente a FPF e a LPFP, não se podem compreender este tipo de declarações que, a mim, mesmo que analisadas de uma forma minimamente imparcial esbarram com a cruel realidade dos factos, com a acumulação de cargos, favores e influências, com a sucessão de coincidências que observamos quando escrutinamos as pessoas envolvidas nas situações. Estes casos, para além de causarem transtorno e muita desilusão a qualquer adepto, impedem muito boa gente de fazer juízos de valor que não estejam, à partida, condicionados por uma imensa irritação causada pelo óbvio, por aquilo que só quem não quer não vê, mesmo que faça um esforço para ser imparcial e se abstrair. Algo que fiz aqui.
25/Julho (2) - Freitas do Amaral susta que "a decisão de encerramento (da reunião) tomada pelo Presidente do CJ foi um acto nulo e de nenhum efeito" e que este (o Presidente) devia ter incluído no início da ordem de trabalhos dessa reunião os pedidos de escusa que lhe foram dirigidos, uma omissão que deveria acarretar uma punição disciplinar.
25/Julho (3) - O Professor afirma ainda que não encontrou, "em qualquer das decisões tomadas na terceira parte da reunião do CJ, qualquer ilegalidade orgânica, formal ou procedimental / processual", sugerindo ainda aos responsáveis da FPF a realização de eleições intercalares para o seu órgão jurisdicional, considerando-o "ferido de morte" e sem "condições, internas ou externas, para continuar a exercer as suas funções".
25/Julho - As reacções sucedem-se e até aqui destacam-se duas que se opõem: a de Guilherme Aguiar, que apesar de mostrar algum desconhecimento acerca do conteúdo e construção do parecer, se manifestou "surpreendido" com o parecer do Prof. Freitas do Amaral, que rotulou de "fantasioso" e de "regresso ao período revolucionário"; e a do Professor de Direito do Desporto, José Manuel Meirim que, mesmo avisando que um parecer não é vinculativo e que os tribunais e os órgãos jurisdicionais podem decidir de forma contrária ao mesmo, considera que este documento sempre pode trazer alguma estabilidade às decisões da FPF.
Após sabermos que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) não deu provimento aos recursos apresentados por Benfica e V. Guimarães, colocando o FC Porto vai na Liga dos Campeões 2008/09 (15/Julho), e que os Tribunais Administrativos aceitaram as provisões cautelares entregues pelo Boavista, Porto e Gonçalves Pereira, que vai a FPF (e a Procuradoria-Geral da República, que também vai receber um exemplar do parecer, mediante sugestão do autor do mesmo, que conclui que existe nos factos matéria mais que suficiente para se proceder a uma investigação) fazer com este documento?
O que sucede ao Boavista, ao Paços de Ferreira, a Pinto da Costa e ao Porto com este parecer e subsequentes decisões que a FPF irá tomar na próxima segunda-feira?
Mais importante (porque o Boavista deve 15 milhões de euros ao fisco e dificilmente conseguirá inscrever-se nas ligas profissionais de futebol - quer se trate da sagres ou da vitalis), o que sucede a Benfica e Guimarães, que foram penalizados por uma decisão do TAS que se assentou nas dúvidas que existiam sobre a aplicabilidade das decisões do CJ da FPF por força da possibilidade de se interpor recurso destas para tribunais administrativos?
Ficamos todos à espera dos desenvolvimentos nesta já épica saga sobre os meandros do futebol nacional...
Para já fica AQUI o link para o parecer em causa, na versão disponibilizada pela Federação Portuguesa de Futebol, que não possui a adenda com as recomendações do Professor, bem como os anexos I a III (contendo a certidão e cópias certificadas emitidas pela FPF) e IV (com a minuta da declaração de voto emitida pelo vogal dr. Mendes da Silva).
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 13:00 7 comentários
domingo, 29 de junho de 2008
Road to Vienna: 2008 final.
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 19:35 18 comentários
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Euro 2008 (fase final) COMPLETO
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 00:01 2 comentários
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
Análise da 3ª jornada: pontos positivos e negativos.
Grupo A:
+ Nihat e a Turquia. Não foi em 10 ou em 15 minutos que a selecção do bósforo consumou a reviravolta fantástica que lhes deu a vitória sobre os checos. O jogo terminava, salvo descontos, aos 90 minutos, mas Kahveci Nihat, em 3 minutos, primeiro graças a um erro de Cech (87') e depois com um golão muito bem colocado (89') deu a volta a um resultado que, desde os 60 minutos já começava a parecer mais que definitivo. Há que destacar o sacrifício e esforço dos turcos antes e depois da expulsão do guarda-redes Volkan (castigado por 2 jogos) num jogo que foi verdadeiramente decidido ao 'photo-finish'.
Grupo B:
+ A Áustria. Quando os apostadores dão a uma equipa 3% de hipótese de vencer e ela aguenta-se 49 minutos sem sofrer golos e esta, mesmo assim, depois de se ver a perder, não se dá por vencida e tenta, na medida das suas capacidades, chegar ao empate, é minha opinião que deve ser saudada. Foi esse o caso da Áustria, que antes de entrar em campo já tinha, para todos os comentadores, casas de apostas e outros do género, perdido este jogo. Não acreditei que eles pudessem ganhar, mas acho que a Alemanha tinha obrigação de fazer melhor que isto, bem melhor que isto. Boas indicações para Portugal ou gestão de esforço? Amanhã vamos descobrir...
Grupo C:
+ Italia. A Squadra Azzurra conseguiu vencer a França e lá se qualificou, contando com a vitória da Holanda sobre a Roménia que tinha mesmo que vencer este jogo e que perante a, até agora, melhor equipa do torneio, não o conseguiu. Uma questão fica agora por responder: como irão os campeões do mundo jogar, sem Pirlo e Gattuso, contra a Espanha?
Grupo D:
+ Guus Hiddink. Costuma usar-se a expressão "venceu e convenceu", quando uma exibição ou o trabalho de uma pessoa superou aquilo que era esperado. No caso do seleccionador da Rússia, Guus Hiddink, eu contento-me com um "venceu". Venceu quando tinha que vencer, foi inteligente na sua convocatória, ganhou aposta com Arshavin (rendeu-lhe um golo contra a Suécia) que foi convocado para a prova lesionado e qualificou-se para os quartos-de-final. A selecção russa disputa com a Croácia o título de equipa-surpresa desta competição. Este holandês, goste-se ou não dele, para além de ser um verdadeiro 'globetrotter', vai acumulando desempenhos impressionantes (e títulos) ao comando de equipas e selecções. Numa raríssima excepção, deixo aqui um link para que conheçam o percurso deste técnico ao longo dos anos.
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 22:00 6 comentários
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sábado, 14 de junho de 2008
Análise da 2ª jornada: pontos positivos e negativos.
Grupo A:
+ Deco. Eu sei que o Cristiano Ronaldo é que foi considerado o melhor jogador em campo contra a República Checa mas achei que, se calhar, o prémio (e o destaque) deveriam ter ido para o luso-brasileiro. Não estou nem quero retirar mérito aos outros jogadores portugueses (que fizeram uma grande exibição) apenas saliento um nome que gostei de ver.
Grupo B:
+ Croácia. Com Luka Modric á frente nos elogios feitos a este conjunto croata que, contra os favoritos Alemanha, rectificou a exibição do primeiro jogo e causou a maior surpresa do campeonato. Não sei se o jovem vale os 21 milhões de euros pagos por ele mas não duvido que os croatas, ao evitarem a selecção das quinas (no imediato) na fase seguinte, fizeram algo muito inteligente, deixando ainda por cima o segundo lugar em disputa entre as restantes três nações.
Grupo C:
+ A Holanda. Mais que "laranja mecânica", esta selecção é uma autêntico rolo compressor, esmagando tudo quanto lhes aparece pela frente, confirmando frente á França aquilo que o jogo com a Itália já tinha dado a entender: os holandeses estão aqui para ficar, vencer (e dar espetáculo).
Grupo D:
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 21:00 6 comentários
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terça-feira, 10 de junho de 2008
Análise da 1ª jornada: pontos positivos e negativos.
Esta é a prova que reúne as melhores nações deste continente e a última coisa que se pretende é que a esta festa faltem os melhores executantes de cada país. Queremos ganhar aos melhores. Por isso lamentamos as lesões que grassam por todas as convocatórias. Posto isto, deixo-vos com a análise (sucinta e separada por grupos) da primeira jornada do campeonato europeu:
Grupo A:
+ Portugal. Cabeças de série, favoritos no grupo, como lhes quiserem chamar. A vitória por 2-0 (podiam ter sido 5) contra a Turquia, que era apontada por muitos como o adversário mais difícil dos 3 que vamos enfrentar por agora, confirmou credenciais e preparou, para a segunda jornada, a conquista do primeiro lugar nesta fase.
Grupo B:
+ Podolski, Gómez e Klose. Fizeram a vida negra aos polacos e culminaram uma exibição colectiva que mostra que, acima de tudo, esta Mannschaft é candidata. Parabéns ao treinador Löw por conseguir anular Smolarek e companhia, impedindo-os de atacarem uma vez que seja (com perigo) a baliza de Jens Lehmann.
Grupo C:
+ Holanda. Uma vitória demolidora sobre os campeões do mundo concede a qualquer equipa uma injecção de moral e de confiança para o resto da prova. A equipa "laranja", parente pobre dos três grandes presentes no grupo já leva vantagem sobre a França e sobre uma Itália que até podia ter marcado mas que, paradoxalmente, sofreu imenso com o contra-ataque holandês. Uma brilhante exibição do conjunto de Van Basten e, até ver, o melhor jogo da competição.
Grupo D:
+ Villa, David Villa. O avançado foi o principal responsável pela primeira goleada do europeu. Três golos e um bom entendimento com Fernando Torres marcaram um jogo bastante agradável de se ver, uma partida em que a Rússia fez o que podia frente a uma Espanha que, no seu melhor estilo, se fartou de marcar, contrapondo as tentativas de Pavlyuchenko com os golos de contra-ataque. A questão que se põe neste momento é a do costume: e agora, Espanha? Será que finalmente arrancam para uma candidatura a sério ou esta vitória é apenas "fogo-de-vista" no caminho para a habitual desilusão que são as prestações de "nuestros hermanos"?
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 22:00 9 comentários
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quarta-feira, 4 de junho de 2008
Road to Euro 2008: a Holanda
01 Edwin van der Sar (C)
(Manchester United - 37 anos)
13 Henk Timmer
(Feyenoord - 36 anos)
16 Maarten Stekelenburg
(Ajax - 25 anos)
Defesas
02 André Ooijer
(Blackburn Rovers - 34 anos)
03 Johnny Heitinga
(Ajax - 24 anos)
04 Joris Mathijsen
(Hamburgo - 28 anos)
05 Giovanni van Bronckhorst
(Feyenoord - 33 anos)
12 Mario Melchiot
(Wigan - 31 anos)
14 Wilfred Bouma
(Aston Villa - 29 anos)
15 Tim de Cler
(Feyenoord - 29 anos)
21 Khalid Boulahrouz
(Sevilha - 26 anos)
06 Demy de Zeeuw
(AZ Alkmaar - 25 anos)
08 Orlando Engelaar
(Twente - 28 anos)
10 Wesley Sneijder
(Real Madrid - 24 anos)
11 Arjen Robben
(Real Madrid - 24 anos)
17 Nigel de Jong
(Hamburgo - 23 anos)
20 Ibrahim Afellay
(PSV - 22 anos)
23 Rafael van der Vaart
(Hamburgo - 25 anos)
Avançados
07 Robin van Persie
(Arsenal - 24 anos)
09 Ruud van Nistelrooy
(Real Madrid - 31 anos)
18 Dirk Kuyt
(Liverpool - 27 anos)
19 Klaas-Jan Huntelaar
(Ajax - 24 anos)
22 Jan Vennegoor of Hesselink
(Celtic - 28 anos)
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 23:59 5 comentários
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terça-feira, 27 de maio de 2008
Road to Euro 2008
Assim sendo, cada um dos autores irá abordar uma (ou mais) selecções, ficando os nossos leitores desde já convidados a enviarem para o nosso mail (linhasdepasse.mail@gmail.com) as suas opiniões sobre as equipas que vão ao Euro2008. Caso se justifique, estas serão publicadas aqui. Tenham uma boa semana.
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 09:00 2 comentários
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quinta-feira, 15 de maio de 2008
O caso do Boavista FC (ou "O paradigma do sucesso dos PME's*)
Nota Prévia: É normal que, num site criado e gerido por quatro estudantes, quando cheguem os exames (ie agora e nas últimas semanas), a produção de posts abrande ligeiramente. Por isso mesmo queremos agradecer aqueles que continuam a visitar-nos e convidar-vos a voltar e a divulgarem este nosso espaço. Da minha parte (e certamente que falo pelo resto da 'equipa'), obrigado.
Os sinais deste fenómeno são evidentes e muito fáceis de antever: um grande investimento na equipa sénior sem um plano de contingência, incapacidade para sustentar o crescimento das despesas, a pouca importância da contribuição económica dos adeptos e sócios para o orçamento do clube, um presidente ou uma direcção que, estranhamente, não olham para a factura que estão a criar e, por fim, o meu favorito, um passivo acumulado.
Ao longo de tantas décadas, mas sobretudo nas últimas duas, assistimos á queda do Tirsense, do Salgueiros, do Leça, do Farense, do Campomaiorense e do Alverca, entre outros. Quer seja por causa das autarquias (Leça e Tirsense), por causa de direcções no mínimo duvidosas (Salgueiros, Alverca e Farense) ou por falta de vontade em gastar mais dinheiro sem obter retorno (Campomaiorense) estes emblemas cairam nas divisões secundárias do futebol nacional, depois de épocas em que alguns até chegaram a ir á Taça UEFA (o Farense em 95/96, eliminado na 1ªronda pelo O.Lyon 0-2 no total das duas mãos).
Será que o sucesso desportivo (nuns casos menor - uma final da taça, uma qualificação europeia; noutros maior - uma prova ganha), justifica estes momentos de aflição, este sofrimento por partes dos adeptos fiéis que, vêem o seu clube do coração ser arrastado para batalhas judiciais, perdidas as batalhas no relvado, tornando-se as expressões "despromoção" e "fim do futebol profissional" lugares-comuns no nosso futebol?
Campeonato Nacional: 2x 3º e 1x 2º
Taça de Portugal: 1x finalista e 2x vencedor
Supertaça: 2x vencedor
Taça UEFA: 9 participações - 1x QF
Liga dos Campeões: 1 participação
(entre 2000 e 2003)
Campeonato Nacional: 1x vencedor e 1x 2º
Supertaça: 1x finalista
Taça UEFA: 2 participações - 1x MF
Liga dos Campeões: 2 participações - 1x 2ªFG
(depois de 02/03)
Campeonato Nacional: 10º, 8º, 6º, 6º, 10º e 9º
Taça de Portugal: 1x MF
Deixando aqui o percurso do outrora "quarto grande", Boavista FC (sobre o tema leiam este post, do Nuno "Eskilo"), fica também uma pergunta: vão o Braga, o Nacional, o Belenenses e o Marítimo (quando o Jardim "fechar a torneira"), entre outros, pagar, a médio e longo prazo, a factura da sua ambição? Ou estão estes clubes livres dessa preocupação?
Para os adeptos, depois de assistir ao colapso financeiro e desportivo dos axadrezados, esta é, sem sombra de dúvida, uma questão de difícil resposta.
Publicada por Bernardo Rosmaninho à(s) 23:50 16 comentários
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Este último apesar de ainda só ter 21 anos já não é uma jovem promessa ou um jogador a tentar um lugar seguro num plantel europeu, antes pelo contrário, Gomez tem feito uma época bastante cativante que traz muito boas perspectivas tanto para o seu futuro como para o próximo campeonato europeu a disputar na Áustria e Suíça, motivo pelo qual o inclui neste lote de jogadores.
O jovem nigeriano, no último Mundial Sub-17, venceu o prémio Golden Shoe (melhor marcador) ao apontar 7 golos em 7 jogos e foi eleito, atrás de Toni Kroos, segundo melhor jogador da prova.
Recentemente, o clube alemão Hamburgo SV contratou o jovem prodígio ao seu clube de origem, o Abuja FC. Ainda á procura do seu espaço na equipa alemã, Macauley é um talento que tem tempo e capacidades para se poder afirmar na Bundesliga num futuro próximo.
Kroos é um jogador alemão de 18 anos (4/01/1990) que chegou esta época ao plantel principal do Bayern de Munique onde se destacou tanto pela sua enorme capacidade técnica e de organização de jogo como pelas várias assistências que fez nas diversas provas que o clube disputou, nomeadamente na Taça UEFA.
A promessa montenegrina desde cedo lidou bem com a pressão, substituindo Rukavina como capitão da sua equipa, quando já envergava a braçadeira nos Sub-21 do seu país (foi designado capitão aos 17 anos). A convocatória para os seniores surgiu pela mão de Filipovic e irá, no futuro, repetir-se.
Stevan é um jogador forte fisicamente (1,83 m) não afectando isso, contudo, a sua extraordinária capacidade para jogar bem com os dois pés. Com uma carreira pela frente e ainda com 18 anos, só resta saber por que grande europeu é que este jovem vai alinhar nas próximas temporadas.
Campeão pelo Estugarda em 2006, o ponta de lança alemão já conta, esta época, com 27 golos nos 30 jogos em que participou (em todas as competições).
Vencedor do prémio para o melhor futebolista do ano na Alemanha, na temporada passada (sucedendo a Miroslav Klose), este jovem de 22 anos (nasceu a 10/07/1985) ganhou a alcunha de "Mr. Zuverlässig" (em inglês, Mr. Reliable) graças á sua capacidade de aproveitar quase todas as jogadas que os seus colegas criam.
Gómez, que jogou em todas as selecções jovens desde os 17 anos, estreou-se pela selecção sénior em Fevereiro de 2007, constituindo neste momento uma das principais armas para o ataque do seu país ao título europeu no Euro 2008.
Publicada por Tomás Silveira Machado à(s) 00:37 7 comentários
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